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Flavorizante/Aromas

Propriedades

A adesão ao tratamento farmacológico depende muitas vezes da administração do medicamento em formas farmacêuticas adequadas ao paciente. Freqüentemente, as especialidades farmacêuticas não atendem às necessidades específicas de determinados grupos de pacientes. Crianças e idosos necessitam de doses diferenciadas e normalmente apresentam dificuldade de deglutição de medicamentos na forma de comprimidos ou cápsulas. Neste caso, é necessário dispensar fórmulas na forma líquida ou na forma de pós de reconstituição extemporânea.
Fórmulas líquidas orais apresentam duas grandes dificuldades: a solubilidade e estabilidade da formulação e a correção do sabor e odor, quando existentes. A solubilização realça o sabor dos fármacos, fazendo com que o paciente apresente resistência em ingerir o medicamento. Neste caso, é necessário adicionar flavorizantes, para que o sabor desagradável dos fármacos possa ser mascarado.
Flavorizante é qualquer substância que confere ou intensifica o sabor e o aroma dos alimentos (Decreto n° 55.871 25/03/1965). São substâncias (naturais ou sintéticas) que, quando adicionadas a um alimento ou formulação farmacêutica lhes conferem um sabor característico. Relatos de efeitos adversos associados a flavorizantes são raros.
Flavorizar, edulcorar e colorir uma preparação farmacêutica para administração oral é crucial à adesão da terapia medicamentosa pelo paciente, especialmente se a formulação for destinada ao uso pediátrico e geriátrico.
O farmacêutico tem como desafio desenvolver técnicas e recursos para realizar a combinação harmônica de flavorizantes, edulcorantes e corantes para uma apresentação farmacêutica agradável e garantir a adesão do tratamento. A seleção de um flavorizante apropriado para o paciente envolverá aspectos como:
A imediata identidade do sabor.
O desenvolvimento rápido da completa sensação de sabor.
A sensação bucal aceitável.
Uma curta sensação “aftertaste”,
E não existência de sensações desagradáveis.
Os receptores para os paladares primários doce, amargo, salgado e azedo (ácido) estão distribuídos e agrupados em regiões diferentes da superfície da língua. O paladar doce é detectado, principalmente na ponta da língua, enquanto o amargo é mais evidenciado na região posterior, o salgado nas laterais anteriores e o azedo nas laterais medianas (figura 1).
A sensação final de um sabor depende de outros sentidos, como olfato, a visão, o tato, a audição e até mesmo os aspectos subjetivos como os fatores psicológicos influenciam no reconhecimento do sabor.
A solubilidade, o grau de ionização e o tipo de íons produzidos na saliva influenciam de maneira decisiva na sensação interpretada pelo cérebro (Remington, 2000).
A seleção do flavorizante para uma preparação farmacêutica deve ser desenvolvida de acordo com a preferência do paciente. Aspectos como cor, odor, viscosidade e os efeitos locais na mucosa oral também influenciam na aceitabilidade de uma preparação farmacêutica pelo paciente. Também é importante verificar uma possível sensibilidade alérgica a um determinado flavorizante.
Entre todos os sabores comumente sentidos em alimentos e formulações farmacêuticas, o sabor amargo é o mais difícil de ser corrigido, sendo um desafio ao formulador; o número de compostos que promovem o sabor amargo excede aos compostos que evidenciam o sabor doce (Bartoshuck e Beauchamp, 1994).
Figura 1. Percepção regional dos paladares na língua humana
Flavorizantes
A sensação final de um sabor depende de outros sentidos, como olfato, a visão, o tato, a audição e até mesmo os aspectos subjetivos como os fatores psicológicos influenciam no reconhecimento do sabor.
A solubilidade, o grau de ionização e o tipo de íons produzidos na saliva influenciam de maneira decisiva na sensação interpretada pelo cérebro (Remington, 2000).
A seleção do flavorizante para uma preparação farmacêutica deve ser desenvolvida de acordo com a preferência do paciente. Aspectos como cor, odor, viscosidade e os efeitos locais na mucosa oral também influenciam na aceitabilidade de uma preparação farmacêutica pelo paciente. Também é importante verificar uma possível sensibilidade alérgica a um determinado flavorizante.
Entre todos os sabores comumente sentidos em alimentos e formulações farmacêuticas, o sabor amargo é o mais difícil de ser corrigido, sendo um desafio ao formulador; o número de compostos que promovem o sabor amargo excede aos compostos que evidenciam o sabor doce (Bartoshuck e Beauchamp, 1994).

Fatores que podem afetar o sabor amargo

Viscosidade
aumento da viscosidade do veículo diminui a percepção do sabor amargo.
Etanol
Devido à sua propriedade solubilizante, o etanol potencializa o sabor amargo.
Idade
A sensibilidade para o paladar diminui com o envelhecimento.
Flavorizantes utilizados para mascarar alguns sabores primários:
PaladarFlavorizantes
AmargoChocolate, menta, laranja, cereja e framboesa
DoceBaunilha, tutti-frutti, morango e framboesa
Ácido/AzedoLaranja, cereja e framboesa
SalgadoFramboesa, xarope de cereja e xarope de chocolate
Salino + AmargoXarope de laranja
OleosoMenta
MetálicoMorango, framboesa e cereja
Flavorizantes utilizados por classes de drogas
Classe FármacoFlavorizantes
AntibióticosCereja, abacaxi, laranja, framboesa, morango + baunilha, 
tutti-frutti.
AntihistamínicosCereja, laranja, framboesa, baunilha, chocolate.
BarbitúricosAbacaxi, baunilha, menta, morango, laranja.
Descongestionantes
e expectorantes
Cereja, menta + morango, morango, laranja, abacaxi, framboesa.
EletrólitosCereja, framboesa e laranja
Sugestão de concentração usual
Aroma (Pó)Concentração
Abacaxi0,05 – 0,2%
Baunilha0,1 – 0,5%
Chocolate0,2 – 0,6%
Framboesa0,05 – 0,2%
Laranja0,05 – 0,2%
Morango0,1 – 0,4%

Aroma (Líquido)Concentração
Abacaxi0,1 – 0,3%
Cereja0,1 – 0,3%
Laranja0,1 – 0,3%
Menta0,1 – 0,3%
Morango0,2 – 0,8%
Tutti-Frutti0,1 – 0,3%

Propriedades

Os aromas apresentam alto padrão de qualidade oferecido pela fabricante Bio Green:
Os aromas são sintéticos, o que garante uma maior segurança;
Todos os aromas são isentos de açúcar;
Não apresentam corantes na composição;
Toda a linha de aromas é glúten-free.

Sugestões de formulações

Xarope mucolítico com N-acetil cisteína e Vitamina C
N-acetil cisteína - 10%
eína 10% Vitamina C - 500mg
Xarope de morango* qsp - 100ml
(referência: literatura de n-acetil cisteína)
*Xarope de Morango
Sacarose - 850g
Metilparabeno - 2,0g
Álcool etílico - Qs
Aroma de morango líquido - 5,0ml
Água destilada qsp - 1000ml
Modo de preparo
Dissolver o Metilparabeno em qs de álcool. Acrescentar na água juntamente com a sacarose e aquecer sob agitação até completa solubilização. Acrescentar o aroma e homogeneizar. Completar com volume de água se necessário.
Pó para Suspensão Extemporânea com Whey Protein
Whey Protein WPC 80 - 12,0g
Carboximetilcelulose - 0,50g
Lecitina de soja - 0,15g
Dióxido de silício coloidal - 0,25g
Sucralose - 0,08g
Benzoato de sódio - 0,30g
Cacau em pó - 1,00g
Aroma de baunilha pó - 1,00g
Nutriente funcional (ativo) - xg
Modo de Preparo
Pesar todos os componentes da formulação e homogeneizá-los através da técnica de diluição geométrica; em seguida, tamisar a mistura em tamis de 300µm, obtendo uma composição de pós de mesma granulometria. Reconstituir a mistura em 200mL de água mineral filtrada.
Estas formulações são meramente sugestivas e necessitam de testes prévios para aprovação. A Avaliação de estabilidade da fórmula também é indispensável.
Referência Bibliográfica
Material do fabricante.
FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia Prático da Farmácia Magistral, 2ª edição – Juiz de Fora: 2002.
Fonte: www.pharmanostra.com.br

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